sexta-feira, 10 de junho de 2011

Música do teorema de Pitágoras

Um teorema importante
Eu quero te ensinar
Teorema de Pitágoras
Poderemos decifrar
Pra usar esse teorema
Não é pra qualquer triângulo
Eu só aplico Pitágoras em triângulo retângulo
Um lado é sempre maior
Vai hipotenusa chamar
Os dois que sobram, catetos poderei tratar
Entre de cabeça nessa
Temos que perder o medo
O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos
Vou utilizar um exemplo
Pra você não pagar mico
É o famoso triângulo de lados 3, 4 e 5
Se o lado maior é 5, elevo ao quadrado 5
E o quadrado da hipotenusa será então 25
Um teorema importante
Eu quero te ensinar
Teorema de Pitágoras
Poderemos decifrar
O cateto vale 4 seu quadrado é 16
Vale 9 o quadrado do cateto que é o 3
E pra você confirmar
Verificar que eu não minto
9 e 16 somados é igual a 25
Um teorema importante
Eu quero te ensinar
Teorema de Pitágoras
Poderemos decifrar
Poderemos decifrar
Poderemos decifrar

Matemática: como explicar essa ciência?

             Muitas vezes nos deparamos com idéias de que a Matemática é a ciência dos números, que com ela é possível realizar inúmeras contagens e cálculos. Para muitos a matemática se reduz mesmo aos números, porém ela é algo muito mais complexo e difícil de definir em poucas palavras.
            Podemos perceber que a matemática nos oferece estratégias poderosas para compreender diversas coisas do mundo, afinal, ela nos ajuda a compreender o mesmo. Mas então, como podemos a definir?  Segundo diversos estudiosos, antigamente sim, a matemática se resumia aos números, porém com o passar do tempo a matemática foi evoluindo, e esse desenvolvimento deu-se com a contribuição de vários povos e personalidades, e com isso foram criadas e descobertas diversas teorias, que surgiram principalmente a partir de problemas percebidos pelo homem e uma forma de poder solucioná-los.
            Recentemente, estudiosos na área da matemática entraram em um consenso e a definiram como a ciência dos padrões ou ciência das regularidades, pois é através da busca por regularidades que são formuladas teorias para explicar o que é observado.
            A matemática envolve a lógica, a intuição, a análise, a demonstração, a construção, o raciocínio e inúmeros elementos que envolvem a relação da vida e da natureza com o mundo. Por isso é que a matemática está presente em muitos ramos, como na física, na química, nas artes, nas inovações tecnológicas, na economia, enfim, o mundo depende da matemática para a sua evolução.
            Sendo assim, seu objetivo é contribuir para diversas áreas, ajudando a desenvolver teorias, a entender e explicar fenômenos na natureza, a criar medicamentos, prever acontecimentos na economia, a explicar movimentos, a criar tecnologias e inovações em todas as áreas do conhecimento, ajudando assim no desenvolvimento do ser humano.
            Em constante desenvolvimento as teorias matemáticas são desenvolvidas a partir de criações, invenções que visam facilitar e resolver situações problemas, tais como o cálculo financeiro, todas as suas fórmulas e aplicações ajudam o comércio, os bancos, o mercado de ações, os investimentos, enfim essa descoberta envolve uma área muito grande do mercado. Outra criação que foi muito importante é a geometria, a partir das formas, tamanhos e medições foi-se construindo essa parte do conhecimento matemático que é importantíssima na medição de terras para os agricultores, distância entre cidades, nas construções, medidas das áreas e volumes de forma padrão para os objetos com mesma forma. São pessoas que tem uma visão do mundo e pensam uma forma para explicá-lo e demonstrar os acontecimentos, que proporcionam o surgimento dessas novas idéias e a partir disso desenvolvem os conceitos, definições e teoremas para uma teoria consistente, com demonstrações e teoremas que provam a sua veracidade.

Euclides, os Elementos e a Geometria

            Quando pensamos nos matemáticos voltados ao estudo da geometria, logo nos vem em mente Euclides, pelo fato de estudarmos muito nas escolas a Geometria Euclidiana. Primeiramente precisamos saber quem foi Euclides, quais as descobertas que ele trouxe para a matemática e qual a sua importância na história da mesma.
Na pesquisas realizadas sobre a vida de Euclides, pode-se perceber que pouco se sabe sobre a vida, a personalidade e a sua aparência. Sabe-se que ele foi um matemático grego, provavelmente natural de Atenas e viveu por volta de 300 a.C. em Alexandria na Grécia, durante o reinado de Ptolomeu I. Essas referências sobre Euclides foram escritas séculos após a sua morte por Proclo. É muito provável que Euclides tenha recebido ensinamentos matemáticos dos primeiros discípulos de Platão. Euclides escreveu diversas obras, mas o seu grande e reconhecido trabalho é a obra Os Elementos.
Os Elementos, a grande obra de Euclides, é considerada uma obra-prima da aplicação da lógica à matemática e é muito influente em diversas áreas da ciência. Os Elementos são primeiramente conhecidos pelo seu conteúdo geométrico, porém podemos também utilizá-lo como base nos estudos da teoria dos números. Nessa obra, Euclides conseguiu incorporar todo seu conhecimento matemático, adquirido de diversos de seus antecessores, porém tudo isso foi elaborado com grande rigor matemático, que é o grande destaque da obra.
            Esta obra está organizada em treze livros, num total de 465 proposições. Foram organizados primeiramente todos os princípios iniciais, definições, axiomas e postulados, os quais são necessários para a construção das demais proposições que se encontram nos demais livros e necessitam das definições dos livros anteriores para a resolução. Euclides criou estes livros, pois não havia todas as definições criadas anteriormente reunidas e com rigor teórico matemático apropriado.
Resumidamente, podemos salientar quais os assuntos que são tratados em cada livro:
Livro I: Definições, axiomas e postulados; os três casos de congruência de triângulo; teoria das paralelas; relações entre áreas de paralelogramos, triângulos e quadrados. Desenvolve importantes considerações sobre o Teorema de Pitágoras. Acredita-se que a maioria do conteúdo deste Livro é devido aos pitagóricos.  
Livro II: Trata o que usualmente se designa por álgebra geométrica ou geometria das áreas, relações entre áreas dos quadrados e dos retângulos.
Livro III: Consiste em proposições contendo muitos dos teoremas conhecidos sobre ângulos, círculos, cordas, secantes e tangentes.
Livro IV: Construção de alguns polígonos regulares, bem como a sua inscrição e circunscrição num círculo.
Livro V: Teoria das Proporções de Eudoxo, proporções abstratas.
Livro VI: Aplicação dos resultados do Livro V à geometria plana.
Livros VII, VIII e IX: Livros consagrados à Teoria de Números.
Livro X: Sobre as grandezas irracionais. Classificação dos incomensuráveis. É o Livro mais extenso deste conjunto de treze Livros.
Livros XI, XII e XIII: Sobre geometria tridimensional ou geometria espacial. Geometria sólida, medida de figuras e sólidos regulares.
Podemos perceber que os teoremas presentes nos livros de Euclides foram demonstrados a partir dos cinco axiomas ou postulados de Euclides.
Postulado 1: Coisas que são iguais à mesma coisa também são iguais entre si.
Postulado 2: Se iguais forem somados a iguais, então os todos são iguais.
Postulado 3: Se iguais forem subtraídos a iguais então os restos são iguais.
Postulado 4: Coisas que coincidem umas com outras são iguais entre si.
Postulado 5: O todo é maior que a parte.
Ao realizar a disciplina de Geometria I, faz-se referência aos postulados abaixo:
Postulado da existência:
a)      Numa reta, bem como fora dela, há infinitos pontos.
b)      Num plano há infinitos pontos.
            Ou ainda:
            Postulado da determinação da reta: Dois pontos distintos determinam uma única (uma, e uma só) reta que passa por eles.
Já o quinto postulado (axioma) de Euclides, desde cedo foi objeto de polêmica por não possuir o mesmo grau de "evidência" que os restantes, recebendo várias críticas, foi considerado um axioma com muitas dificuldades de resolução, por não ser tão evidente quanto os outros quatro axiomas. O próprio Euclides e muitos dos seus sucessores tentaram demonstrar esta proposição a partir de outros axiomas da geometria, porém não obtiveram êxito. Somente no século XIX, Gauss e outros estudiosos conseguiram demonstrar que se trata efetivamente de um axioma, necessário e independente dos outros.
Por fim, este axioma pode ser dividido em outros dois:
·         Por um ponto exterior a uma reta, podemos traçar uma infinidade de paralelas a esta reta (geometria de Lobachevski);
·         Por um ponto exterior a uma reta não podemos traçar nenhuma paralela a esta reta (geometria de Riemann).
Porém isto deu origem à construção de duas geometrias diferentes da geometria euclidiana, igualmente coerentes e que não conduziam a nenhuma contradição. As geometrias não euclidianas (hiperbólica e esférica) surgiram a fim de demonstrar que o quinto axioma era teorema. A partir daí, cada uma delas partiu dos quatro primeiros axiomas, sendo que além desses a geometria esférica considerou que no quinto axioma a soma dos ângulos internos de um triângulo é maior que 180°.
            A geometria esférica tem importantes aplicações na navegação e na astronomia e os seus segmentos são geodésias, que são grandes círculos. Além disso, na superfície esférica não existe retas paralelas e a reta é a circunferência máxima.

CRISE DOS FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA

          Esta crise surgiu dentro da escola Pitagórica, quando um dos seguidores de Pitágoras demonstrou que a medida da diagonal de um quadrado de lado uma unidade seria igual à raiz quadrada 2, o que na época era impossível, uma vez que se acreditava apenas na existência de números naturais (inteiros positivos) e alguns fracionários, mas admitidos como sendo a relação entre duas grandezas geométricas.  Na verdade, os gregos acreditavam que para quaisquer dois segmentos, se podiam encontrar uma forma de representá-los um em função do outro, ou seja, que podiam ser estabelecidas razões entre quaisquer dois segmentos, porém, para o segmento da diagonal de um quadrado e o segmento da medida de seu lado, não conseguiram fazer o mesmo, demonstrando que estes segmentos não eram comensuráveis.
            Esta descoberta causou grandes impactos sobre a escola pitagórica, uma vez que isso abalou o conceito de número que se tinha até aquela época. Isso acabou causando o desaparecimento da escola pitagórica, e, vinte e cinco séculos depois da descoberta dos incomensuráveis formaram-se uma nova concepção sobre a noção de número com a definição para números irracionais. 
            Cantor, voltado ao estudo do infinito, acreditava que existiam vários níveis de infinito. Ele estudou e juntamente com Bolzano e Dedekind, concebeu e desenvolveu a “teoria dos conjuntos” e as teorias sobre os conjuntos infinitos contáveis, como os racionais e os incontáveis, que é o caso dos irracionais. Cantor sistematizou uma teoria consistente sobre o infinito, ou seja, a base de toda a análise dos números irracionais, relacionando os números irracionais com o sistema dos números racionais, como sendo uma sequência infinita de números, ou seja, cujo limite tende ao infinito.
            Para esclarecer o conceito de infinito, Cantor utilizou a ideia que se retirarmos um elemento de um conjunto infinito, esse, não fica com m elemento a menos, mas sim com a mesma quantidade que continha antes de ser retirado o elemento, e mais, podem ser retirados desse conjunto infinito, quantos elementos se queira, que o numero de elementos que pertence ao conjunto não irá ser alterado! Além desses estudos sobre o infinito, Cantor também contribuiu com sua teoria para as funções e outros elementos que têm caráter de continuidade para a matemática.
            Apesar de ser uma teoria consistente, alguns questionamentos sobre a teoria dos conjuntos surgiram, e esses deram origem a vários paradoxos.
Basicamente, um paradoxo é algo que se apresenta de forma contraditória.

- O Paradoxo do Barbeiro é a forma popular de apresentação do paradoxo de Russel.
            Na verdade o paradoxo do barbeiro nos faz refletir, pois se pensarmos num conjunto em que façam parte todas as pessoas de Sevilha, então o barbeiro também se inclui. Mas se olharmos a condição dois: o barbeiro não faz a barba de si próprio, nos questionamos de como ele faz a barba de todas as pessoas que pertencem a esse conjunto e não faz a sua? Ele deveria fazer a sua barba. É bastante interessante analisar isso!

- O Paradoxo de Burali-Forti
            O paradoxo de Burali-Forti se baseia na teoria dos conjuntos, determinando que qualquer ordem existente, corresponde a um único número ordinal. Desta maneira, não é possível termos um conjunto de todos os ordinais, pois esse conjunto seria um novo ordinal. Por isso, não existe o conjunto de todos os números ordinais.
           
- O Paradoxo de Cantor
            Este paradoxo esta ligado a cardinalidade dos conjuntos numéricos, ou seja, ao número de elementos que cada conjunto contém. Na verdade temos que, a cardinalidade de um conjunto não pode ser inferior a cardinalidade do conjunto de suas partes, pois todas as partes do conjunto são subconjuntos do conjunto inicial e, portanto também conjuntos, mas de outro lado tem-se também que, segundo Cantor, a cardinalidade de um conjunto qualquer é inferior a cardinalidade do conjunto das partes desse conjunto. 

Número, algarismo e numeral. Qual a relação entre eles?

A relação que existe entre número, algarismo e numeral é que ambos surgiram para representar quantidade.
Para uma melhor compreensão será exemplificada cada uma dessas representações:
* números – naturais, reais, racionais, irracionais, inteiros;
* algarismos – 0 ao 9;
* numeral – primeiro, duplo, meio, dúzia, centena, XIX.

Número Primo

Um número é chamado de primo quando ele é um número natural, que possui exatamente dois divisores, o um e ele mesmo.
Ele é citado no livro IX, onde Euclides prova que existem infinitos números primos.
Para saber se um número é primo, dividimos esse número pelos números primos 2, 3, 5, 7, 11 etc. até que tenhamos: ou uma divisão com resto zero e neste caso o número não é primo, ou uma divisão com quociente menor que o divisor e o resto diferente de zero. Neste caso o número é primo. Exemplo:

· 161
não é par, portanto não é divisível por 2;
1+6+1 = 8, portanto não é divisível por 3;
não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
por 7: 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não é primo.

· 113
não é par, portanto não é divisível por 2;
1+1+3 = 5, portanto não é divisível por 3;
não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
por 7: 113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
por 11: 113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11), e além disso o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Olha só o que eu achei!!!

Durante alguns estudos na Universidade de Caxias do Sul, eu e meus colegas realizamos um trabalho na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral IV, sobre o volume das pirâmides. O trabalho encontra-se neste endereço: http://volumedapiramide.blogspot.com
 Acessem aí. Vale a pena conferir.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Lista de Exercícios Extras - Análise Combinatória


1)       Em um baile há 12 moças e 8 rapazes. Quantos casais podem ser formados?
2)       Renato vai a um clube no qual existem 4 portas de entrada que dão acesso a 2 elevadores. Ele pretende ir ao 6º andar. De quantas maneiras diferentes poderá fazê-lo?
3)       Uma pessoa possui 10 envelopes diferentes e 8 selos diferentes. De quantos modos essa pessoa pode enviar uma carta utilizando 1 envelope e 1 selo?
4)       (Unicamp-SP) Sabendo que números de telefone não começam com 0 nem com 1, calcule quantos diferentes números de telefone podem ser formados com 7 algarismos.
5)       (Fatec-SP) Dispomos de 4 cores diferentes entre si; todas elas devem ser usadas para pintar as 5 letras da palavra FATEC, cada letra de uma só cor, e de modo que as vogais sejam as únicas letras pintadas com a mesma cor. De quantos modos pode ser feito isso?
6)       Da palavra LIVRO:
a)       Quantos anagramas podemos formar?
b)       Quantos são os anagramas que começam com vogal?
c)       Quantos são os anagramas que começam com consoante?
7)       Da palavra ADESIVO:
a)       Quantos anagramas podemos formar com as letras SI juntas e nessa ordem?
b)       Quantos são os anagramas da palavra ADESIVO que começam com a letra D e terminam com a letra V?
8)       (Fuvest-SP) Qual é o número de anagramas da palavra FUVEST, que começam e terminam com vogal?
9)       (FEI-SP) Obter o número de anagramas formados com as letras da palavra REPÚBLICA, nos quais as vogais se mantém nas respectivas posições.
10)   Calcule o valor dos números fatoriais:
a)       4! 2!
b)       0! + 1!
c)       0! 5! 3!
d)       6! - 1!
11)   Simplifique as expressões:
a)       15! / 13!
b)       8! / 4! 6!
c)       2 . 4! / 4! 4!
d)       (n + 1)! / n!
e)       (n - 1)! / (n+1)!
12)   Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar com os elementos do conjunto E = {1, 2, 3, 4, 5}?
13)   Uma empresa possui 16 funcionários administrativos, entre os quais serão escolhidos 3, que disputarão para os cargos de diretor, vice-diretor e tesoureiro. De quantas maneiras pode ser feita a escolha?
14)   Duas pessoa entram num ônibus que tem 7 lugares vagos. De quantas maneiras diferentes as 2 pessoas podem ocupar esses lugares?
15)   Qual o número de maneiras diferentes segundo as quais 1 casal, 2 filhos e 1 filha podem sentar-se em torno de uma mesa circular, com a condição de que os 2 filhos não fiquem juntos?
16)   Num grande prêmio de Fórmula 1, participarão 20 pilotos e somente os 6 primeiros marcam pontos. Quantas são as possibilidades de classificação nos 6 primeiros lugares?
17)   Quantos números diferentes de 4 lâmpadas podem ficar acesos num galpão que têm 10 lâmpadas?
18)   Quantos subconjuntos de 4 elementos possuem um  conjunto de 6 elementos?
19)   Quantas comissões de 5 membros podemos formar numa assembléia de 12 participantes?
20)   Uma papelaria tem 8 cadernos de cores diferentes, e quero comprar 3 cores diferentes. Quantas possibilidades de escolha eu tenho?
21)   Quantos produtos de 2 fatores podemos obter com os divisores naturais do número 12?
22)   (Fatec-SP) Há 12 inscritos em um campeonato de boxe. Qual o número total de lutas que podem ser realizadas entre os inscritos?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Exercícios de Vestibulares - Análise Combinatória (P.F.C.)

Princípio Fundamental da Contagem

Testes de Vestibulares

1.       (UEPG-PR) Em um concurso para preenchimento de 4 vagas de uma empresa participam exatamente 4 pessoas. De quantos modos diferentes pode sair o resultado desse concurso, apontando os classificados em 1º, 2º, 3º e 4º lugares?
a)      4
b)      12
c)      16
d)      24
e)      36

2.       (UTFPR) O número de palavras-código de 5 letras que podem ser formadas com as letras: a, b, c, d, e, f, g, h, sem que nenhuma letra possa ser repetida, é:
a)      56
b)      120
c)      720
d)      2401
e)      6720

3.       (UEL-PR) O número de anagramas da palavra teoria, que começam por vogal e terminam por vogal é:
a)      720
b)      384
c)      360
d)      288
e)      120

4.       (CESEP-PE) Num acidente automobilístico, após ouvir várias testemunhas, concluí-se que o motorista culpado do acidente dirigia o veículo cuja placa era constituída de duas vogais distintas e quatro algarismos diferentes, sendo que o algarismo das unidades era o dígito 2. Assinale então a única alternativa correspondente ao número de veículos suspeitos.
a)      1080
b)      10800
c)      10080
d)      840
e)      60480

5.       (PUC-PR) Atualmente, as placas de veículos têm 3 letras e 4 algarismos, e as antigas, 2 letras e 4 algarismos. Quantas placas a mais (em relação às antigas) poderão ser utilizadas? (Adote 26 letras do alfabeto e admita existirem placas constituídas por todos os algarismos iguais a 0.)
a)      4.760.000
b)      10.000
c)      169.000.000
d)      1.757.600.000
e)      1.000.000

O Problema da Quadratura do Círculo

A Geometria: um Mundo de Infinita Harmonia
(O Problema da Quadratura do Círculo)

A Geometria mereceu do renomado escritor argentino Ernesto Sábato um texto terno e delicioso:
“Tinha doze anos quando assisti à demonstração de um teorema de Geometria e senti uma espécie de vertigem. Parecia que estava descobrindo um mundo de infinita harmonia. Não sabia, então, que acabara de descobrir o universo platônico, com sua ordem perfeita, com seus objetivos eternos e incorruptíveis, de uma beleza perfeita e alheia a todos os vícios que eu acreditava sofrer. Assim, apesar de minha vocação ser a de escrever ou pintar, fui atraído durante muitos anos por aquela realidade fantástica.”
Apropriadamente já se definiu a Matemática com a “rainha e a serva de todas as ciências”. E o apanágio de sua majestade é o rigor, a lógica, a harmonia e sua linguagem precisa, universal.
“Na maior parte das ciências, - assevera Herman Hankel (1839-1873), matemático alemão – uma geração põe abaixo o que a outra construiu; e o que uma estabeleceu, a outra desfaz. Somente na Matemática é que uma geração constrói um novo andar sobre a antiga estrutura.”
No frontispício da Academia de Platão, lia-se emblematicamente a inscrição: “Que nenhum desconhecedor da Geometria entre aqui.”
- Que faz Deus?, pergunta o discípulo.
- Deus eternamente geometriza, responde sabiamente Platão.
Ao longo da história, a Geometria glorifica dois problemas que se tornaram clássicos: quadratura do círculo e duplicação do cubo.
O problema da quadratura do círculo foi proposto por Anaxágoras (499-428 a.C.). Aprisionado em Atenas por suas ideias muito avançadas para a época: postulara a existência de um mente onisciente, que concedia ordem e constância ao Universo; o Sol possuía luz própria, que por sua vez iluminava a Lua. Anaxágoras foi professor de Péricles (490-429 a.C.), que o libertou da prisão. Ademais exerceu forte influência no primeiro dos três grandes filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles.

Problema da quadratura do círculo: dado um círculo, construir um quadrado de mesma área. Como os gregos desconheciam as operações algébricas e priorizavam a Geometria, propunham solução apenas com régua (sem escala) e compasso.

Será que você consegue resolver esse desafio?
Tome como referência as fórmulas das áreas de cada uma das figuras.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Análise Combinatória - Senhas e mais senhas

Uma senha é um código formado por letras e/ou algarismos, que serve para garantir que em alguns ambientes entre apenas o proprietário da senha, ou quem ele autorizar.
O número de situações em que necessitamos de uma senha é hoje tão grande, que a pessoa que não possui nenhuma parece que não existe. Se em outros tempos o caixa de um banco exigia de uma pessoa que se identificasse por um documento de identidade, hoje ele pede simplesmente: "Digite sua senha".
Descobrir a senha de alguém sem ter qualquer informação, qualquer dica, não é nada fácil. Se existissem senhas formadas por apenas um dígito - uma letra ou um algarismo - teríamos apenas 36 senhas diferentes (26 letras e 10 algarismos), e, nesse caso, não seria tão difícil assim descobrir uma delas. Na linguagem das probabilidades, diríamos uma chance em 36.
Uma senha de dois dígitos, uma letra seguida de um algarismo, para ser descoberta já é mais difícil: 1 chance em 260. Por que 260? Vamos imaginar uma lista com todas as senhas possíveis colocadas em ordem, da seguinte maneira: A0, A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A8, A9, B0, B1, ..., Z8, Z9.
Apenas começadas por A teríamos 10 senhas. Outras 10 começadas por B, e outras 10 por C etc. Uma vez que são 26 letras e 10 senhas começadas por cada uma delas, podemos fazer 26 x 10 para obter o total de 260 senhas.
Pense agora: quantas senhas diferentes podem ser formadas por duas letras e dois algarismos?
Essa questão do cálculo da quantidade de senhas diferentes é apenas um dos tipos de problemas de Análise Combinatória.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Origem da Geometria

A História da Geometria Euclidiana

No Egito Antigo, os conhecimentos de Geometria eram utilizados de forma prática, principalmente para medir terrenos e realizar construções. As construções egípcias mais conhecidas são as pirâmides, famosas pela beleza e engenho em suas edificações.
Os gregos adquiriram dos egípcios grande parte do conhecimento geométrico. Mas deram um passo à frente: por volta de 600 a.C. começaram a organização e a sistematização desse conhecimento, ao qual chamaram de Geometria, que significa "medida da terra". Em grego, Geo significa Terra, e metria significa medida.
O trabalho de organização dos conhecimentos matemáticos foi feito principalmente pelo matemático grego Euclides, por volta de 300 a.C., e reunido em uma obra de 13 volumes chamada Os Elementos.
A obra Os Elementos, atribuída a Euclides, é considerada o primeiro livro "didático" de Matemática. Essa obra é tão importante na história da Matemática que a geometria que você estuda hoje é denominada Geometria Euclidiana.
Em Geometria, são conhecimentos intuitivos: o ponto, a reta e o plano.